What’s The Furthest Place From Here | A Influência da Música na construção da personalidade e comunicação
Uma história pós-apocalíptica, que narra como é sobreviver ao fim da civilização através dos olhos dos jovens e adolescentes em meio as ruínas de um mundo passado e quase esquecido exceto pelas suas músicas. Através do caos temos crianças, adolescentes e jovens se reinventando para sobreviver, criando as suas próprias regras.
Temos uma narrativa marcada pela luta, coleção de discos, jovens estilosos além de camadas que falam sobre crescimento, amadurecimento e a importância da amizade e o novo significado de família. Gosto da construção da história e da busca dos personagens pelo seu significado, seu espaço e sua própria voz e que de forma brilhante a música une tudo isso como um instrumento de forte e precioso.
A música assume um papel importante de identidade e uma das primeiras cenas temos um diálogo entre Sid e Prufrock, que busca ressaltar importância da escolha do disco certo que traga demonstre quem você é, que te defina, que te apresente para o mundo e que está além de se ter uma capa legal.
“your choice is supposed to define you. its you everything. it’s who you are going to be after you leave here” ¹
É impossível não pensar na música como um objeto de comunicação e de formação, o que nos aproxima ainda mais da história. Quem nunca se deixou levar por uma banda preferida ou se inspirou em algum artista e seu estilo. A música faz parte de nós e além de nos definir, faz parte da nossa história marcando momentos e muitas vezes falando por nós aquilo que não conseguimos dizer. A música tem também outras funções como a de alfabetização, de construção de mundo, formadora de opiniões e acompanha o ser humano desde a antiguidade o que ratifica Bréscia logo abaixo.
A música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações. Conforme dados antropológicos, as primeiras músicas seriam usadas em rituais, como: nascimento, casamento, morte, recuperação de doença e fertilidade. (BRÉSCIA, 2009, p. 15).
Lendo o quadrinho, pude pensar em diversas músicas que me acompanham desde a infância e da importância da música na vida. É aquele tipo de conexão que atravessa as páginas e atinge o leitor. Uma história que reúne elementos únicos e cores incríveis, e ainda possui uma estética que combina cores fortes e personagens pra lá de diferentes com toda a sua expressão viva e jovem. A soma de todos esses elementos e as surpresas pelo caminho direto da criatividade de dois grandes artistas, Mathew Rosemberg e Tyler Boss é um prato cheio para aqueles fãns de boas histórias com tensão, mistério e boas brigas.
Ficamos por aqui e até a próximo encontro!