Olá caro leitor. Essa entrevista foi executada pela equipe da Comics and Signatures. Você pode ler seu conteúdo completo aqui ou caso queira também no site da Comics and Signatures, em sua aba de Artigos. Independente de onde escolher ler nosso conteúdo, fique ciente que você já está tendo acesso a entrevista completo aqui em nosso site. Esperamos que aproveitem a leitura.
Atenciosamente,
Equipe Geekfyme
Fala pessoal, chegamos em Dezembro. Último mês do ano, Natal passou e agora a gente se prepara para o Ano Novo. Também com o mês de Dezembro chegamos para trazer aquele momento bacana onde conversamos com talentos da comunidade nacional de quadrinhos.
Se você não sabe do que falamos, todos os meses nos orgulhamos de receber aqui na Comics and Signatures (CS), um profissional da nona arte para falar daquilo que a gente gosta, gibi.
E nesse mês, não será diferente, temos a grande honra de entrevistar Rafael De Latorre, quadrinista brasileiro que já trabalhou para Aftershock nos quadrinhos Animosity e SuperZero, na Stout Club no quadrinho Hailstone, e mais recentemente Rafael esteve no título da Black Widow (2020), escrito pela Kelly Thompson – Título que ganhou o Eisner Award 2021 de “Best New Series”. E não para por aí, De Latorre já está escalado para rascunhar o quadrinho Daredevil: Woman Without Fear, com roteiros do Chip Zdarsky, que tem lançamento previsto para Janeiro de 2022.
Então sem mais delongas vamos ao nosso bate papo, esperamos que gostem e aproveitem nossa conversa.
(CS) Olá Rafael, tudo bem? Obrigado por aceitar nosso convite, um prazer ter você por aqui. Olha, nós da CS adoramos seu trabalho e não é pouco não 😊! Bem, OK. Deixando nossa tietagem um pouco de lado, que tal a gente falar do Rafa de início de carreira. Como que o bichinho da nona arte picou você e fez você ingressar no universo dos quadrinhos, teve alguma influência ou grande inspiração para entrar na indústria?
(RL) Eu que agradeço o convite! Eu sempre gostei de quadrinhos, mas não lia tanto quadrinhos da Marvel e DC na infância. Lembro de ler Turma da Mônica e uma HQ ou outra do Homem-Aranha. Aí quando tinha uns 14 anos entrei num curso de desenho aqui em Piracicaba e foi onde passei a ter mais contato com HQs e me interessar mais. Nessa época foi quando a Image chegou ao Brasil, aí lia Gen 13, WildCATS, Spawn, CyberForce. Depois fui pros clássicos como Cavaleiro das Trevas e Watchmen, além de animes e mangás como Akira, Evangelion, Cowboy Bebop e Samurai X, que considero que são grandes influências no meu trabalho até hoje.
(CS) Vamos falar de algo que faz a gente sorrir só de pensar, Animosity. Na época do convite imagino que você estava saindo de SuperZero, um dos primeiros títulos da AfterShock, certo? Conta pra gente um pouco de como Animosity e a super talentosa Marguerite Bennett apareceram para você e juntos vocês criaram esse primeiro grande hit da Aftershock.
(RL) Sim, tinha feito 6 edições de SuperZero, meu primeiro trabalho pra uma editora americana. Assim que terminei, meu editor na Aftershock me enviou o pitch do Animosity e perguntou se eu teria interesse. Adorei a premissa da história, os personagens e a ambientação (um dos meus jogos favoritos de todos os tempos é “The last of us”, então adorei a ideia de desenhar personagens com mochilas e rifles num ambiente hostil haha). Animosity acabou sendo um grande sucesso da editora, e trabalhar com a Marguerite e toda equipe foi uma experiência fantástica.
(CS) Nós ficamos curiosos sobre uma coisa, Animosity é um gibi cheio de bichos e desenhar animais e insetos não deve ser fácil. Como foi todo o processo de estudo para entender o estilo e forma de desenho de tantos animais diferentes, teve algum grande desafio ou você tirou de letra?
(RL) Foi um desafio sim. Na verdade, foi o que mais me preocupou quando aceitei fazer o título. Como eram animais que nunca tinha desenhado, trabalhar usando referências fotográficas ajudou bastante. Mas tem coisas que são difíceis mesmo com referência. Lembro que na edição 2 ou 3 tinha uma descrição pra desenhar “dois esquilos segurando metralhadoras em cima de um alce gigante” haha. Foi desafiador, mas foi um conceito muito legal de trabalhar. Gostei muito da fase dos Animilitary, com os animais adaptados com armamentos para combate.
(CS) Já não é tão novidade assim, mas a grande notícia é que você está trabalhando num novo título para Marvel Comics, Daredevil: Woman Without Fear, que será lançado em Janeiro de 2022. Chip Zdarsky fez um trabalho de bastante relevância em Daredevil que deu origem a essa personagem, que terá suas primeiras histórias contadas pelo próprio Chip e desenhadas por você, que responsa em. Com isso, o título está criando bastante expectativa nos leitores, conta pra gente o que você pode adiantar sobre esse título, como que está sua expectativa pra esse lançamento?
(RL) Trabalhar com o Chip nesse título está sendo absolutamente fantástico. É um baita privilégio trabalhar com um roteirista como ele e espero fazer justiça à história. Tem muita coisa que gostaria de falar sobre esse título, mas não quero estragar nenhuma surpresa, então a gente volta a conversar depois que vocês lerem, pode ser? 😉
(CS) Em várias entrevistas Chip Zdarsky não poupa elogios sobre a sua arte e seu talento narrativo, em especial sua habilidade de transmitir emoções. Ele e nós estamos bem contentes com essa combinação, como surgiu a parceria entre vocês dois para esse título? De alguma forma você sente alguma diferença em trabalhar com um escritor que já foi desenhista?
(RL) Eu tinha acabado de desenhar uma edição da Black Widow e estava discutindo novos projetos quando o Devin Lewis, meu editor em Peter Parker:Shutterbug, me convidou pra desenhar essa mini série do Demolidor com roteiro do Chip. É aquele tipo de proposta que não tem que pensar muito antes de aceitar né? Acho que o fato de o escritor ter sido desenhista pode ajudar sim. O roteiro do Chip é bem legal de traduzir visualmente, e tive uma experiência parecida com o Scavone, que também desenha. Mas felizmente não tenho exemplos ruins pra comparar, pois tive muita sorte em trabalhar com escritores e escritoras extremamente talentosos até o momento.
(CS) Agora olhando um pouco para o horizonte vamos falar de futuro, em uma entrevista no Mundo Gonzo você menciona a possibilidade de outros trabalhos autorais como o HailStone, isso aí já está acontecendo ou você tem outros planos? Podemos esperar novos trabalhos autorais para 2022?
(RL) Ainda não. Desenhar HQS é algo que consome muito tempo pra mim, então é difícil administrar mais de um projeto. Mas gosto demais de trabalhos autorais e tenho alguns projetos na gaveta que espero poder colocar em produção em 2022.
(CS) Pra gente, sem dúvidas, seu trabalho nos quadrinhos tem tido um grande impacto e esperamos em Janeiro ver novamente sua arte, mas dessa vez nas páginas de Daredevil, e ao longo do ano em vários outros títulos. Para fecharmos nossa entrevista, você gostaria de deixar algumas palavras para pessoal que acompanha o seu trabalho e lê a gente na Comics and Signatures?
(RL) Muito obrigado, espero que vocês gostem! E muito obrigado pra galera que acompanha meu trabalho. Fazer quadrinhos geralmente é bastante trabalhoso, mas também muito é gratificante quando a HQ fica pronta. Então espero mesmo que vocês curtam esses projetos e que venham muitos outros! Um grande abraço!
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