No dia 31 de agosto de 2022 a DC Comics publicou dois anuais que possuem uma coincidência interessante, ambos trazem consigo um frescor. Action Comics e Flash. Superman – Warworld Apocalypse finaliza o grandioso épico que Phillip Kennedy estava construindo na mensal, o escritor acompanhado dos artistas Brandon Peterson e Will Conrad encerram o conflito do escoteiro no Mundo Bélico. Do outro lado, o anual escrito por Jeremy Adams e ilustrado por Serg Acuña acompanha o velocista escarlate Wally West lendo um conto de sua querida parceira Linda Park.
Nos anos 2000 com o retorno de Barry Allen, a editora começou a pregar que o mesmo era o velocista definitivo e aos poucos os demais foram jogados de canto, após Flashpoint o Wally foi literalmente apagado da cronologia, retornando oficialmente só no one-shot Renascimento que prometia juntar o universo normal com Watchmen, enfim, quando ele retornou o personagem teve um período muito confuso e prejudicial que complicou ainda mais a recuperação do personagem para o público, tudo que o Wally precisava era de um frescor.
Durante a iniciativa Novos 52/DC You o Superman teve um período de histórias bem explosivas e divisiva no ponto de vista do público geral, tendo isso em mente, quando o Renascimento a DC decidiu dar um frescor para um personagem, tornando o Superman pai e abordando a dinâmica familiar do azulão, mas depois veio o Bendis e com ele uma nova fase divisiva surge, será que o personagem precisava de um novo frescor?
Jeremy Adams assumiu a revista do nosso velocista favorito e mensalmente tem nos entregado uma dose muito incrível de alegria e diversão, dinâmica familiar boa e ótimas interações entre os personagens e… Era disso que o Wally precisava, ele precisava de um frescor, de uma história que nos lembrasse que nem toda história de quadrinhos precisa ser um épico sombrio ou revolucionário, a intenção do quadrinho é fazer o leitor terminar com um sorriso no rosto e sedento por mais, e ele é perfeito nisso.
Ao contrário de Jeremy, Phillip Kennedy aposta as suas cartas em uma lenta construção de um épico com o Superman, levando ele a novos horizontes e expandindo o mito em torno do personagem, ao contrário do Flash, o Superman não precisava de uma nova fase dele parado com a sua família, ele precisava de uma ideia corajosa e inovadora que permitisse que o azulão ganhasse esse frescor de uma maneira totalmente diferente.
A DC provou com esses anuais lançados coincidentemente no mesmo dia que existem várias formas de se contar história e que todas elas são válidas, Wally lendo uma história de sua esposa pode ser tão interessante e pessoal quanto o Superman batalhando em um planeta distante para libertar escravos, essa diversidade de títulos e ideias é o que torna quadrinhos tão interessantes afinal de contas, espero que a editora permaneça trazendo esse frescor a indústria.
A cultura pop e o retrato da alienação
A alienação é um tema recorrente nos quadrinhos, e é retratada de diferentes formas em diversas histórias pintando cenários através...
Em resumo os quadrinhos da DC anda tão frescos que são uma ótima pedida pro verão que está chegando 😃
Exatamente!