Para os amantes de um bom conto que deixa um frio na espinha e uma sensação eufórica e intensa de medo e horror, apresentamos uma lista com três quadrinhos do gênero com adaptação nacional.
O Rei amarelo
É uma coletânea organizada por Raphael Fernandes e foi publicada pela editora Draco, é inspirada pela obra de Chambers, mas não se engane, O Rei Amarelo não é uma adaptação e conta com histórias que causaram desconforto, medo e profunda reflexão.
A obra é um horror nacional de altíssima qualidade que viaja por diversas fontes e ainda sim ainda traz uma certa originalidade, com ótimos artistas que falam das diferentes formas de loucura, indo das mais levianas até as mais obscuras e decadentes.
Texto, arte e cor se mesclam de maneira única dando a história o tom certo, escondendo e trazendo à luz apenas o necessário. O amarelo presente nos contos fazem referência a insanidade, decadência e a desonra, além de referenciar o Rei e a sua influência sobre as pessoas.
O livro conta com 8 contos com diferentes autores e desenhistas e se adapta muito bem aos tempos modernos revelando as obscuridades humanas e as influências nefastas do mal.
A Maldição do Hotel Cecil
Um dos locais considerados malditos, O Hotel Cecil talvez seja o mais conhecido e o mais perturbador existente, acumulando diversos casos inexplicáveis para a lógica deixando espaço para o sobrenatural.
O quadrinho soa extremamente bizarro relacionando histórias que terminaram de maneira trágica ao hotel, são 6 histórias com 66 páginas de histórias reais, inclusive traz um dos casos que chocaram o mundo e que permanece até hoje insolucionável, a Dália Negra.
A maldição do Hotel Cecil, faz até os mais céticos questionarem a possibilidade de maldições e influências demoníacas serem reais. As histórias escolhidas não são nem a metade dos casos que ocorreram, e no posfácio a equipe editorial faz um belo trabalho apresentando outras histórias reais que não foram incluídas e que nos deixam ainda mais pesarosos.
Inaugurado ainda em 1927, ao menos 16 mortes assustadoras estão relacionadas ao Hotel Cecil, e o caso mais recente é o de Elisa Lam que voltou a sacudir as redes sociais e rendeu um documentário na Netflix, para aqueles que ficaram curiosos e querem saber saber fica aqui a recomendação.
A música de Erich Zann
Uma das adaptações mais lindas, traduzido e adaptado por Gio Guimarães e ainda conta com a tradução do conto de HP Lovecraft por Daniel Fonseca entregando ao leitor uma experiência completa explorando os dois universos.
Ao contrário das outras indicações, neste quadrinho o sobrenatural é manifesto através da música. Um rapaz se muda para um bairro francês, em uma rua onde encontra-se apenas pessoas velhas, em um prédio antigo e tranquilo, onde ele conhece Erich Zann, um músico que durante a noite faz ressoar pelo prédio as mais atrativas e estranhas melodias.
Os sons se tornam sua curiosidade e obsessão, a música se torna seu objeto de fascínio aumentando a cada dia e exercendo seus poderes quase hipnóticos sobre o rapaz. Sendo obra de H.P. Lovecraft já podemos imaginar que a história segue a linha do horror cósmico deixando um sabor especial na obra.
Capas das obras citadas no texto: