Dark Knight Steel de Tom Taylor e Yasmine Putri é uma história que prometia reimaginar o universo DC na Idade Média, criando um clima similar à de Game of Thrones, a história começa com o assassinato de Jor-El e aborda, ou ao menos tenta, as consequências políticas desse acontecimento, enquanto desenvolve a trama de um bastardo, paralelamente.
A história foi anunciada no período auge do escritor, todos estamos falando de Tom Taylor, seja por conta de Asa Noturna, DCesead ou Superman, por bons ou maus motivos, o autor está com tudo ultimamente, mas eu particularmente acredito que ele esteja se perdendo. Vamos analisar comigo, ok? Ok.
Em Asa Noturna o autor tem entregado diversos momentos que fazem o nosso coração ficar quentinho, mas não vai muito além disso, Tom está escrevendo o personagem a meses e nada da trama avançar verdadeiramente. O quadrinho segue uma história de maneira muito lenta e o escritor só nos consegue manter interessados por conta das artes do Bruno e seus desdobramentos narrativos e com curtos momentos “fofos” entre alguns personagens, mas nada avança sobre a trama principal, mesmo com o quadrinho tendo quase um ano de publicação. Já Dark Knight Steel apresenta um problema oposto, tudo é muito rápido e jogado, a história faz revelação atrás de revelação, morte atrás de morte e não deixa o público absorver isso. Problema esse que não existia em DCesead, obra com os mesmos moldes de terra alternativa do autor.
Tom Taylor tem acima de tudo problemas em seu ritmo, o autor ainda consegue ter ideias interessantes e criar um interesse genuíno nos personagens, mesmo se analisarmos friamente muitos de seus personagens possuindo a mesma voz, ainda sentimos algo por eles na maioria das vezes, mas o autor acaba por pisar no acelerador quando deveria pisar no freio e vice-versa, tentando manter a audiência interessada por meio de fan service, por exemplo micropáginas dos Titãs em Asa que não significam nada realmente, mortes chocantes, que, novamente, não há impacto quando acontece a todo momento e com personagens que não nos importamos, ou revelações bombásticas que são jogadas na mesa e nunca são abordadas até que tenhamos esquecido sobre a revelação (a irmã do Asa Noturna).
Com isso em mente, todos os problemas que a história possui em sua narrativa não se estendem para a arte, Yasmine Putri está destruindo nas páginas, os visuais que ela cria para o mundo medieval são únicos o bastante para não nos esquecermos que se trata de uma história medieval, mas são característicos o bastante para sabermos quem são os personagens assim que eles entram em cena, criando diversas sequências expressivas com ótimo dinamismo visual. Eu não conhecia o trabalho da Yasmine, mas é impossível não ficar de olho nela após este quadrinho, espero que ela venha aparecer mais e mais na indústria.
Em resumo, Dark Knight Steel potencializa ao público os problemas de Tom Taylor como contador de histórias, mas cria um mundo com potencial de desenvolvimento e visual deslumbrante graças a arte de Yasmine Putri, se você quer ver um épico medieval e político com os mitos da DC, você está sem sorte, mas se você quer ler um quadrinho com uma ótima arte e visual, talvez tenha algo aqui que chame a sua atenção.
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