Se a primeira edição de Dark Crises nos mostrou a melancolia e a dúvida do que aconteceria com o mundo após a morte da liga da justiça, a segunda edição abre com a conclusão do ataque do Exterminador à casa do legado, a Torre Titã.
Aqui temos Williamson novamente fazendo uma homenagem ao cerne do que essa crise promete ser, o confronto entre legado e tudo aquilo que há de pior, os Titãs e o Exterminador, Grayson e Slade, bem e mal o embate que segue sendo replicado desde 1980 quando foi concebido por Marv Wolfman e George Pérez.
E é claro que Dick Grayson estaria no centro do visceral combate que poderia colocar fim aos Titãs, fim ao legado. Nas palavras do Exterminador: “Você sempre foi o troféu, Grayson”.
o Asa Noturna aqui não está sendo colocado como peça chave unicamente por ser o líder dos titãs, mas sim por ser o pilar essencial dos heróis legado, aquele que superou o heroísmo de seu mentor, e o mais importante, Dick é, na palavras do Superman, a grande constante do Multiverso, o único que não varia ao redor de todas as realidades paralelas.
Dick Grayson é a constante heróica do Multiverso.
A Edição também evoca um momento sublime do heroísmo dos Anos 90 ao trazer de volta o Superciborgue para enfrentar Jon Kent, de forma a não colocar o novo Superman à prova, mas contra um inimigo que se consolidou na morte do Superman Original.
Revisitar esse combate, trazendo o vilão central do momento em que a Terra se viu mais vulnerável e talvez passando pelo maior luto em toda a era dos heróis, é enevoar o heroísmo, é reviver a incerteza e a impotência de um mundo sem o maior dos heróis.
Tanto é que o fim da batalha, em que pese possa ser vista como uma vitória dos Titãs, eclode de forma absolutamente melancólica, amarga. A queda da torre titã não é só física, mas também metafórica, é a queda do espírito heroísmo, não há vencedores no fim.
Existe um outro elemento que Williamson traz à edição de maneira tanto gráfica quanto narrativa. O Sacrifício.
Em dois momentos chave da edição os heróis são chamados a provar o seu heroísmo frente ao mal absoluto que enfrentam. Seja quando Dick é confrontado por Slade sobre qual Titã irá enfrentá-lo, seja quando Jon se depara com o imenso poder de Hank, ambos optam por se colocar diante do sacrifício absoluto.
O mal sendo vencido pelo sacrifício é exatamente a reencarnação do fim da Crise original, quando Barry Allen se sacrifica para impedir o Antomonitor.
A Saga é também referenciada com um painel de Ravena e Mutano na icônica posição de Superman e Supergirl na forma de Pietá.
Enquanto tudo isso acontece, Williamson nos deixa como gancho o resgate de Kyle Rayner por Hal Jordan e Jo Mullein e a união da Tropa dos Lanterna Verdes para fazer uma incursão contra Pária e o Dark Army.
Talvez ainda seja cedo para dizer quais serão as consequências dos acontecimentos dessa edição para a saga em si e para o Universo DC como um todo, mas até aqui continuo curioso para saber o que essa equipe criativa tem preparado para o futuro.
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