Dick Grayson passou por muita coisa, diversas fases difíceis. Perdeu a memória, quase morreu se tornou outra pessoa, foi controlado por mentes criminosas e agora recebeu um novo começo nas mãos de Tom Taylor, bem eu definiria essa fase como mais humana e mais íntima, saltando para a luz e fazendo Dick Grayson ainda mais carismático e incrível.

A história começa com flashback envolvendo Bárbara Gordon e o Grayson ainda jovens em meio a uma briga onde ele tenta defendê-la dos valentões, evidenciando a qualidade do caráter de Dick. A briga é interrompida quando o pai da jovem chega, colocando fim a bagunça e encaminhando cada um para seus devidos lugares. A surpresa e as amostras de se uma história diferente começa aqui, quando Bruce não está em casa e quem recebe o jovem brigão é o grande Alfred, algumas palavras são trocadas sobre o incidente, mas as palavras pronunciada por Alfred são as que vão ecoar ao longo da trama “ Eu só quero ajudar — Dick Grayson fala, — Eu sei. Você parece viver por essas palavras (…)” Alfred responde.

Temos um passado construído, ligações humanas estabelecidas. Os recursos de Flashbacks utilizados na trama são muito mais do bem utlizados, foram necessários para essa nova roupagem característica da fase, dessa humanidade, do homem que veste o uniforme. Na trama temos um misto de emoções sendo trabalhadas, muitos temas se desenrolam como a perda e a empatia por aqueles que precisam de ajuda além de claro, muita ação, tramoias e revelações bombásticas, aguardem!

O que mais me surpreendeu nessa fase foi o cuidado com a caracterização do personagem, a união perfeita e afinada de Dick Grayson com o Asa Noturna, Tom Taylor soube conduzir muito bem essa orquestra e tecendo notas altíssimas, alterando passado e presente e deixando os leitores ansiosos pelo futuro. Confesso que amei cada detalhe da história, principalmente a relação de Dick e Alfred e como não se emocionar com o testamento de Alfred? Essa dinâmica de pai e filho presente na trama e a confiança que Alfred deposita em Dick além da herança milionária são partes que merecem destaque. Vejo esse arco como o resgate de um ótimo personagem e de sua identidade, o título saltando para a luz nunca foi tão perfeito.

Se prepare para ler uma história emocionante, com uma ótima trama e para os amantes de uma boa briga te asseguro que será bem servido, Bruno Redondo não fica devendo em nada em sua arte, uma entrega magnifica que casa muito bem as cores de Adriano Lucas, muito orgulho dessa equipe. E vale ressaltar que essa parceria de Tom Taylor e Bruno Redondo não é de hoje, eles já trabalharam em outros títulos juntos como o Injustiça 2 e Esquadrão Suicida.

Vale lembrar que essa obra foi recebeu indicação ao Eisner e foi muito aclamada.

Para aqueles que ainda não leram fica aqui a indicação de uma baita obra com diversas camadas e muita ação e se você já leu comenta com a gente o que achou da fase, ficamos por aqui por hoje e até a próxima!