As Bienais sempre foram um meio de concentrar e expor o maior número de coisas relacionadas a um mesmo tema… A rigor, “bienal” é qualquer evento ou acontecimento que ocorra a cada dois anos. As mais comuns são sobre artes e livros (São Paulo, Rio, Minas, Amazonas, Veneza, Istambul entre outras).
Apesar de cada uma possuir especificidades temáticas e regionais próprias, ambas conversam sobre “arte” de alguma forma. A mais querida por nós aqui, fãs de livros e quadrinhos, é, obviamente, a Bienal do Livro; e a de SP é a que mais concentra estandes de editoras de todo o Brasil. Já há algumas décadas, a Nona Arte vem ganhando espaço a ponto de quase rivalizar com os estandes de livros – falta muito ainda, eu sei! Mas não custa sonhar!
Estávamos carentes de um evento presencial desse porte desde 2018, ou seja, fazia 4 anos que não respirávamos aquela montoeira de papel novinho, com o cheiro característico das tintas usadas na impressão. Diferentemente dos encontros virtuais, o presencial também é um momento de confraternização. Mesmo com a insistente pandemia, a volta da ocupação desses espaços está se tornando cada vez mais comum, o que faz não só a alegria da comunidade livreira e gibisférica, mas da economia também.
A desse ano não foi diferente das edições anteriores — salvo o local, que migrou do Pavilhão do Anhembi para o Centro de Exposições da Zona Norte (Expo Center Norte) —, mas teve um gosto todo pessoal porque parecia que estávamos indo pela primeira vez, devido aos anos de ausência do evento.
Mas tinha quadrinho lá?
Para os amantes dos Mangás e os famosos Comics Americanos – os famosos gibizinhos -, foi muito bom! Não pelo preço, claro, mas pela variedade. Aliás, os preços foram uma das poucas coisas que desagradaram no evento. Havia descontos, não posso negar, mas eles não foram os mesmos das grandes feiras e eventos promocionais semestrais aos quais estamos habituados. Digamos que eles, os descontos, foram singelos — principalmente os da Panini, que deu de 5% a 15%, apenas!
Praticamente, todas as atuais editoras estavam lá com seus estandes coloridos, e mesmo as que não tinham um para chamar de seu ficavam juntas a uma editora maior ou representante comercial. A única falta mesmo foram as editoras menores. Mesmo as já consolidadas no mercado, como a PN e CZ, por exemplo, com seus modelos de negócio junto à Amazon, não estavam presentes nem por meio de representantes. Mas todas as conhecidas do grande púbico estavam lá: Culturama, JBC — já falei da Panini? —, Todavia, Intrínseca etc., com um espaço enorme não só para a exposição dos materiais, mas para socialização também: fotografias, autógrafos, bate-papos…
Enfim, um evento memorável e inesquecível, como não poderia deixar de ser. Espero que ela, assim como muitas outras, tenha voltado para ficar, e que eu, você e todos aqui possamos nos encontrar lá numa próxima para falar de gibi. Ou quem sabe em uma Bienal de quadrinhos (sonho, não!?).
Rafael, do Canal Multiverso 38, foi correspondente pelo Geekfyme durante todo o evento da 26º Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Muito bom, Rafa! Não vou em uma bienal desde criança, gostaria de ter dado uma passada por lá, mas a Isa a sp foi corrida.
Ô loko, mina! Tem que voltar a frequentar, urgente! Depois de véio fica melhor ainda! 😉 <3 XD